30 setembro 2012

Já passa


Já passa.
Não durmo porque não me é permitido.
E já passa.
Da hora!
Ou já passou...
Brinco, como se não fizesse diferença.
Mas faz!
Fazes!
E que diferença de merda.
Que diferença estranha, que quanto mais aumenta
Mais a imagem se enterra na areia.
Tal qual uma faca na minha pele…
Sem som!
Impossível tal MERDA ser digna de tamanha honra.
A honra de ter um som, só seu!
A honra de ter essa identidade única e universal,
Da vida e da morte…
Porque até uma pedra tem o seu som.
Mas não isto!
É silencio! Um silencio que não se voltara a ouvir através de mim.
Porque agora estou acordado!
Acordado e a viver…
Não que seja uma obrigação...
Mas para mim é a solução dos inconformados. 
Se te conformaste…
Deixa-me…
Dormir só pela noite.
Já que vives continuamente adormecido.
Sem sequer um som.

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