30 novembro 2008

Campo de batalha

A guerra parou, os tiros cessarão. Já me posso levantar, e sair do meu esconderijo. Começo a andar pelo campo de batalha, a vagar sem motivo, sem destino, enquanto contam os homens perdidos.
O silêncio finalmente chegou a este lugar. Sabe tão bem. Acabaram-se os tiros, e os gritos de socorro e de agonia.
Passo atrás de passo, salpica-se sangue nas minhas botas, vejo pessoas conhecidas estendidas no chão, caras pálidas, corpos frios. Nunca imaginei que isto fosse assim. Ninguém pode imaginar. E eu, escondi-me para não ter de matar ou ser morto, sou um covarde, com uma arma as costas.
Porque existe guerra neste mundo? Porque temos de lutar e perder a nossa vida, por alguém que não sabe o que faz? É uma pergunta sem resposta.
O sol hoje deita-se vermelho, o céu combina agora com o chão vermelho. Não a nada a fazer aqui, tudo acabou. Os sobreviventes avançam alguns metros, e amanha, tudo se repetirá.

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