29 setembro 2008

Cresço

Olho o espelho.
Espelho que reflecte
O que não quero ver.
Ouço vozes.
Vozes que nem queria conhecer.
Fujo.

A minha realidade afasta-se...
Consigo acordar ás vezes,
Como que noutra pessoa.

É ela quem escreve,
É ela que repara no que me transformei
Assusto-me com a real realidade
Cresço, é isso mau?

Afasto-me das memorias,
Que ainda me alegram quando querem.
Sinto a tal saudade

Saudade que receio.

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