Tapo a minha cara com uma mascara, uma mascara de teatro grego, daquelas que apenas uma expressão tem, a da felicidade. E é com essa cara, que eu deixo o meu quarto, é com essa cara que enfrento o mundo todo, ignorando todos os problemas que nele existe, ignorando todos os meus pensamentos.
Vivo o meu dia todo para alegrar as pessoas, para que nenhuma sinta o que eu sinto, quando a lua sobe, até porque ao ver um sorriso na cara, sou incapaz de ficar indiferente, incapaz de não rir também, afugentando assim todos os meus maus sentimentos.
Mas é quando me viram as costas, ou quando chego ao meu quarto, depois de a lua reinar o céu, que tiro a minha mascara pesada, é quando o meu verdadeiro sentimento tem a liberdade para se soltar, porque perco as forcas de o suster contido no meu coração. Dos meus olhos sai toda a felicidade em forma de lágrima, da minha boca toda a minha coragem de, e a cada segundo que passa, cada batimento do coração cada vez mais pequeno, que me deixo levar, que me entrego a tristeza, e a solidão.

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