
Ando sem destino, de cabeça vazia. Não sei o que faço, nem o que irei fazer. Estou perdido na cidade, onde todos estes néon’s me cegam, mais do que eu já estou…
Não sei quanto tempo já passou desde que entrei neste estado, se calhar horas, dias, ou apenas minutos que parecem uma eternidade.
Não consigo pensar, perdi essa capacidade, é um esforço inútil, o de pensar, neste momento sou apenas um casulo vazio, que vagueia ao sabor do vento.
Caminho em direcção ao mar, no sentido do sol, que desce para descansar. Caminho por um caminho estreito e cheio de silvas. Eu sei que as ervas arranham-se, sei que sangro, mas não sinto essa dor.
Chego a praia deserta, e o sol já esta fora do meu alcance de visão, então é quando tu apareces no raio de visão, e eu encho-me de esperança, e começo a pensar novamente, “tu vieste de certeza por mim”. E tu corres, corres, e corres, e quanto mais nitidamente te vejo, mais o meu coração desde ao chão, porque não vens sozinha, vens com outro coração nas mãos e mais um rapaz a prosseguir-te…
Mais um que caiu no teu jogo, de paixão intensa, que é uma doença, é como acido nas veias, mas que não conseguimos ignorar. E eu não consigo esquecer…….
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