23 outubro 2008

Encosto-me, não a ti
Estou nú, gelado
E sou pequeno.
Sou um apenas.
E um é o número
Mais contável de todos.

Chupas-te de mim
Tudo o que tinha
Levaste-me a alma,
Só para ti.
Só porque sim.
E mesmo que me matasses,
Seria assim.
E matas.

Morro neste canto.
Neste canto que é só meu
Só meu e só para mim.
E nem um pouco para ti.
É um.
E eu sou um.
E então fico aqui.
Nú.

Sou um e afasto-me.
E há-de vir outro.
Outro um.
E mesmo que não se sente neste canto
Há-de ficar nú.
Nem que não se gele.

2 comentários:

Anónimo disse...

Poderá este ser o teu melhor poema até hoje?

Muito bom, parabéns! :D

jomi disse...

OMG, está altamente marco, parabens ;)

 
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