Pego na caneta, e começo a riscar o papel. Faço o para esquecer-me de ti, de todo o mal que me fazes passar todos os dias. Porque todos os dias te encontro, e todos os dias te olho, mas como todos os dias, não retribuis o olhar.
Escondido na sombra, prossigo-te com a minha visão. Sou indiferente para ti, sou mais uma pessoa na multidão. Mas para mim, não és uma simples rapariga, és mais que isso. És a minha musa, a minha inspiracao, a quem dedico todos os meus textos. Textos que faço quando estou triste, quando não estou contigo, quando não te vejo.
Eu sei que não me conheces, mas falta-me a coragem de correr atrás de ti. De cobarde eu sei, mas como uma pessoa tão perfeita como tu se pode apaixonar por um “corcunda de notre dame”? Como uma pessoa como tu se pode dar ao luxe de olhar para mim? Só um olhar era maravilhoso, se o conseguisse, significaria que notas-te em mim, por mais horrível que seja, por mais animal que seja.
Então pelas sombras eu ando, pelas sombras te procuro. Nas sombras que escrevo, e é nas sombras que tento ter coragem de ir para a luz e falar contigo. Acumulo o medo, talvez isso um dia transforme-se em coragem, mas até lá, espero não te perder de vista, espero que não desapareças do meu mundo.
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